Finalidade de Uso:
O ágar MacConkey com 0,15% de sais biliares, violeta cristal e NaCl é recomendado para isolamento seletivo e diferenciação de coliformes e outros patógenos entéricos.
Composição em g/L:
Digestão péptica de tecido animal: 1,50
Caseína enzimática hidrolisada: 1,50
Digestão pancreática de gelatina: 17,00
Lactose: 10,00
Sais biliares: 1,50
Cloreto de sódio: 5,00
Violeta cristal: 0,001
Vermelho neutro: 0,03
Ágar: 15,00
pH Final (a 25ºC): 7,1 ± 0,2.
Base Científica:
Ágares MacConkey são meios diferenciais e levemente seletivos usados principalmente na detecção e isolamento de organismos gram-negativos de amostras clínicas (1), de laticínios (2), de alimentos (3,4), de
água (5), farmacêuticas (6,14) e industriais (7). É também recomendada para seleção e recuperação de Enterobacteriaceae e bacilos entéricos gram-negativos relacionados. A USP recomenda o uso deste meio em testes de limite microbiano (MLT) (6). Estes ágares são seletivos devido a sua concentração de sais biliares que inibem organismos gram-positivos, embora esta concentração de sais biliares seja mais baixa em comparação com outros meios de cultura de
organismos entéricos. O meio M081 é recomendado pela APHA para cultivo direto de coliformes de amostras de água, para organismos que causam intoxicação alimentar em amostras de alimentos (3) e para o isolamento de espécies de Shigella e Salmonella em amostras de queijo (2). Além disso, este meio também pode ser usado para contagem de bactérias coli-aerogenosas em fezes de gado e ovelhas (8), de bactérias coli-aerogenosas e não-fermentadoras de lactose em carcaças de aves (9), de bactérias em conservas de franco picado irradiado (10) e no reconhecimento de bactérias coli-aerogenosas durante o estudo do gênero Aeromonas (11).
O ágar Macconkey é o meio diferencial e seletivo mais antigo usado para cultivo de microorganismos
entéricos de uma variedade de amostras clínicas (12,13). O meio original contém proteína, sais biliares, cloreto de sódio e dois corantes. A ação seletiva deste meio é atribuída aos sais biliares e ao cristal violeta que inibem a maioria das espécies gram-positivas. Bactérias gram-negativas geralmente se desenvolvem bem
neste meio e se diferenciam por sua habilidade em fermentar lactose. Linhagens fermentadoras de lactose crescem como colônias vermelhas ou rosadas e podem ser circundadas por uma área de precipitação ácida de bile. A cor vermelha é devida à produção de ácido pela degradação da lactose, absorção do vermelho neutro e uma subseqüente mudança na coloração quando o pH do meio cai abaixo de 6,8. Linhagens não fermentadoras de lactose, como Shigella e Salmonella, são incolores, transparentes e tipicamente não alteram a aparência do meio.
Peptonas são fontes de nitrogênio e outros nutrientes. A lactose é um carboidrato fermentável; sais biliares e cristal violeta são agentes seletivos que inibem o crescimento de bactérias gram-positivas. O vermelho neutro
é um corante indicador de pH.
Procedimento de Preparação do Meio de Cultura:
Dissolva 51,5 gramas em 1000 mL de água destilada. Aqueça até ferver agitando levemente para dissolver completamente o ágar. Esterilizar autoclavando a 1 atm de pressão a 121ºC por 15 minutos. Evitar o superaquecimento. Esfriar até 45-50ºC e colocar em placas de Petri estéreis. A superfície do meio deverá estar seca quando inoculado.
Controle de qualidade:
Aparência do pó:
Cor amarelo claro à rosado, homogêneo e livre circulante.
Solidificação:
Firme, comparável com gel Agar 1.5%.
Cor e transparência do meio preparado:
Cor vermelha com matiz púrpura, transparente a levemente opalescente em placas de Petri.
Reação:
A reação de 5.15% (peso/volume) de solução aquosa tem pH final de 7.1 ± 0.2 a 25oC.
Condições de Armazenamento:
Armazenar a 30ºC e o meio preparado de 2 a 8ºC. Use antes de expirar a data de validade.
Validade: 5 anos.